sexta-feira, 22 de março de 2013

Sistema projeta trajetória da bola para ajudar jogador de sinuca



Dois estudantes portugueses criaram uma ferramenta simples que promete dar uma mãozinha para quem precisa de ajuda na sinuca: eles bolaram um sistema que calcula a trajetória da bola de acordo com a posição do taco, tentando prever como terminará a jogada. Um vídeo que mostra o sistema em ação virou hit no YouTube, contabilizando mais de 1,3 milhão de acessos em menos de três semanas.
"A trajetória da bola é calculada através da detecção das bolas e do taco. Extraímos essa informação da imagem e usamos as leis físicas conhecidas para prever a trajetória, não contabilizando efeitos, pelo menos por agora", afirmou ao Terra o estudante de Mestrado da em Engenharia Elétrica e Eletrónica da Universidade do Algarve, Ricardo Alves, 21 anos. O projeto foi desenvolvido ao lado do colega Luis Sousa, 23 anos, para a disciplina de Visão Computacional.
Para que o sistema, chamado de Pool Live Aid, funcione, basta um projetor e uma webcam localizados acima da mesa e ligados a um computador. Esse sistema localiza a posição da bola, o ângulo do taco e os limites da mesa para fazer o cálculo da trajetória, que é projetada na mesa para guiar o jogador. Segundo os estudantes, a ideia era criar um sistema em que os custos fossem o mais baixo possível. O projeto, no entanto, ainda está inacabado, afirma o estudante português. "A ideia era implementar algumas funcionalidades. Queríamos implementar menus de realidade aumentada, permitindo ao utilizador mais experiente poder também usufruir do sistema, conseguindo melhorar jogadas e perceber melhor onde falhou", disse Ricardo.
Eles trabalham ainda para resolver alguns erros relacionados à trajetória da bola. "Se, por exemplo, uma bola for detectada dois pixels para o lado, a tabela outros dois e o taco outros dois, o erro acaba por se propagar ao longo da trajetória", disse.
O trabalho, que começou apenas como um projeto acadêmico, pode se tornar comercial, tamanho o sucesso que fez na internet. "Inicialmente, nós não estávamos pensando em comercializar o nosso projeto. Devido ao feedback que tivemos, tudo dependerá do resultado final. Se for ao encontro da expectativa do consumidor final, tentaremos fazer o possível para comercializar", disse o estudante.

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